quarta-feira, 6 de maio de 2009

MEMORIAL

A família é o fundamento da educação onde devem ser cultivados valores essenciais como afeto, respeito, autoestima, responsabilidade e solidariedade. E foi nesse ambiente que há anos passados nasceu Valéria. Sempre atenta e meiga, essa menina foi crescendo e acolhendo os irmãos, pois é a primogênita. De um lar onde não faltavam orações e valores, talvez faltasse dinheiro, os meus pais foram cuidando de mim e me amando. Aos sete anos fui para a escola fazer o primeiro ano com a grande expectativa de aprender a ler e escrever. Lembro-me que ganhei uma bolsa de pano, um caderno, um lápis, uma borracha e precisava caminhar um quilômetro para chegar à escola. Com o domínio da leitura, passei a ler os poucos livros de que dispunha com a bíblia. Assim fui estudando com poucos recursos, mas muita vontade e persistência. Aos 11 anos, quando fui para a 5ª série, precisei morar com meus avós porque onde meus pais moram não tinha mais estudos. Os anos se passaram, conclui o Ensino Fundamental e Médio na companhia de minha avó e meu tio, professor de Língua Portuguesa. Não sabia exatamente qual curso, em nível superior, iria cursar. Fiz o primeiro vestibular para enfermagem e não passei. Durante esse me convidaram para dar aulas para uma turma de recuperação e, então, tive certeza que queria ser professora. Fui cursar Letras na FESSC, hoje UNISUL, morando com uma família de professores para os quais prestava serviços de doméstica e babá. Muito aprendi e o conhecimento foi caminhando, multiplicando-se, dividindo-se, pois o ambiente em que estava era favorável. Fiz o concurso público para o magistério de Santa Catarina em 1984 e fui aprovada, ingressando como professora em 1985 no município de Gravatal, onde moro. Trabalhei em três escolas antes da efetivação. Em 1986 comecei a trabalhar na Escola Estadual Hercílio Bez onde estou até hoje: já são 25 anos de caminhada e aprendizagem. Continuei estudando e em 1989 e 1990 fiz a pós-graduação em Vassouras, RJ. Tanta distância e saudade para quem tinha casado há pouco tempo. Com a conclusão da especialização, resolvi ter o diploma de mãe e olha que é um sonho aliado a uma batalha com o final feliz. Os anos de experiências e convívio com crianças, adolescentes, pais, professores e outros mais, propiciaram a construção de diversos casulos, asas, vôos: uma perfeita metamorfose. E continuei: participei dos estudos de formação referentes à Proposta Curricular de SC em todas as suas etapas, Projeto Verde é Vida da Afubra, Sistematização dos conceitos científicos essenciais, competências e habilidades para a Educação Básica, Teoria da Atividade de Aprendizagem. Também exerci a função de Articuladora das Classes de Aceleração de Aprendizagem entre 2000 e 2001 e muito me dediquei para o sucesso dessa ação pedagógica porque muitas crianças e jovens precisavam se apropriar dos saberes científicos necessários para se constituírem sujeitos partícipes e garantirem os direitos sociais. Hoje me encontro frente a outro desafio que é o Gestar II, acreditando na melhoria do processo de ensino e aprendizagem por meio de ações coletivas e estratégias planejadas em situações didáticas, críticas e também inovadoras. Então, vejo que pouco sei diante do muito que há para descobrir e conhecer, porém não me intimido porque com amor, vontade e saúde muito posso. Aproveito a memória reflexiva em cito alguns versos de Renato Russo, em Monte Castelo: “Ainda que eu falasse / A língua dos homens / E falasse a língua dos anjos / Sem amor eu nada seria. / É só o amor, é só o amor / Que conhece o que é verdade. / O Amor é bom, não quer o mal, / não sente inveja ou se envaidece.”

terça-feira, 5 de maio de 2009

FAZENDO A DIFERENÇA





Estas são as mulheres que não desistem no primeiro obstáculo: Lucimara, Mariele, Anamaria, Jucilene, Eliete, Idione, Myrian, Osmarina, Janaina.
Sucesso!