Área de Formação: Língua Portuguesa
Coordenador da Área de Formação: Prof. Dr. Dioney M. Gomes
Formadora - UnB: Andreia Alves dos Santos
Formadora Estadual: Valéria Volpato Dacoreggio
Estado: Santa Catarina Município: Gravatal
Meses de referência:abril, maio e junho/2009.
Oficina 01- A: 28 /04/2009
Após a acolhida, fizemos a customização do crachá: um momento de descontração. Em seguida desenvolvemos a técnica dos nós, marcos de cada um: tivemos risos, passagens interessantes e comuns para muitos cursistas e lágrimas e mais lágrimas que contagiaram o grupo pelos depoimentos verdadeiros e originais, uma experiência inesquecível.
Dando sequência, fizemos o estudo do Guia Geral. Solicitei que respondessem e entregassem a atividade 2, p.21 do Guia Geral. Apresentei o TP3 e os AAA3 e expliquei a metodologia do trabalho. Foram propostas as seguintes atividades para casa (lição de casa), a fim de concretizar a oficina 1ª: leitura e resolução das atividades referentes às unidades 09 e10 do TP3; escolher uma turma/classe para aplicar as atividades do Avançando na Prática e construir o portfólio dos alunos como avaliação inicial dos mesmos; selecionar um Avançando na Prática, aplicar com os alunos, fazer o relatório e trazer uns trabalhos de alunos( textos bons e com dificuldades).
Pontos positivos: grupo interessado, motivado e disposto a inovar. Metodologia e informações importantes.
Pontos negativos: pouco tempo para fazer a lição de casa, algumas informações o grupo não domina, muitas atividades profissionais.
Oficina 01 - B: 05/05/2009 Transposição Didática
Observação: No cronograma consta: “Orientação coletiva para elaboração de projeto”. Foi necessário fazer adequações após a primeira oficina. Alguns cursistas trouxeram os relatos prontos, outros não conseguiram e alegaram falta de tempo para desenvolver todo o conteúdo e o feriado. Ficou evidente a experiência de cada um, as dificuldades para realizar o trabalho com o aluno. Com o relato das experiências de alguns colegas cursistas, os outros professores conseguiram superar as dificuldades e o trabalho desenvolveu-se.
Pensamento de acolhida: “Tornar o simples complicado é fácil; tornar o complicado simples, isto é criatividade.” Charles Mingus
Comentários e debates referentes às leituras das duas unidades no que diz respeito aos gêneros textuais. Discussão e releitura do “Ampliando nossas referências” bem como as atividades, p.p.45 e 46 do TP3. Na sequência, houve a socialização das transposições didáticas referentes às unidades 09 e 10 do TP3: um momento ímpar para troca de experiências. A maioria dos cursistas escolheu 7ª e 8ª séries. Os gêneros mais trabalhados foram biografia e fábula.
Pontos positivos: animação e entusiasmo para apresentar as atividades aplicadas, bem como sucessos e angústias. Alunos contentes por fazerem experiências interessantes e que resultam em aprendizagem. As escolas acolhem bem o Gestar II na sala de aula.
Pontos negativos: As manifestações dos professores/cursistas foram quanto ao pouco tempo para o desenvolvimento e conclusão das atividades do TP, pois os encontros são semanais: conseguem aplicar, mas não há tempo para a avaliação. Escrever o relatório é difícil porque não estão acostumados a registrar o passo-a-passo das atividades assim como a avaliação argumentada.
Avaliação da oficina: Embora tenha causado nervosismo, acúmulo de tarefas (as escolas fazem o 1º conselho de classe), o interesse e a responsabilidade predominaram. Muitos professores não tinham muitos conhecimentos científicos a respeito dos gêneros textuais e isso exigiu um pouco de cautela e motivação para leituras complementares.
12/05/2009, 26/05/2009 e 09/06/2009 - Orientação coletiva para elaboração de projeto e Oficina livre.
Não foi feita a orientação para projeto e oficina livre. A oficina livre acontecerá em outra data já planejada. Expliquei a importância do projeto para o curso e os cursistas, seus objetivos como meio de aplicação e avaliação do Gestar II. Nos próximos encontros vamos estudar e orientar o projeto. Cada cursista já está fazendo o diagnóstico em sua escola e quais temas são mais pertinentes e emergentes.
Assim aconteceram estes encontros: fez-se orientações individuais para a próxima oficina, referente às unidades 11 e 12 do TP3 , 13 e 14 do TP4 e 15 e 16 do TP4, conforme a oficina em aplicação. Os cursistas escolhem um avançando na prática e elaboram o plano de aula para aplicarem com os alunos, auxiliados pela professora formadora. Esse momento foi pedido pelos cursistas porque estavam muito inseguros, com pouco tempo e não conheciam a metodologia de trabalho do Gestar II. Algumas informações são um pouco novas e os cursistas têm pouca leitura sobre gêneros e tipos textuais, logo algumas explicações fizeram-se necessárias. O tema alfabetização e letramento exigiu muitas leituras, outros textos que proporcionaram bons momentos de ensino e aprendizagem.
Oficina 02 : 19/05/2009
Pensamento de acolhida: “Ninguém ignora tudo, ninguém sabe tudo. Por isso, aprendemos sempre." Paulo Freire
Para uma maior integração dos cursistas e formadores, a coordenadora regional do Gestar II apresentou o vídeo “Quem mexeu no meu queijo?” (15 min). Em seguida, fez o debate sobre as idéias significativas, onde cursistas e formadores interagiram. A partir da reflexão, muitos apresentaram suas angústias, inquietações. Concluiu-se que as dificuldades citadas são partes motivadoras para as mudanças e a aprendizagem. É preciso trocar o queijo velho pelo novo e mudá-lo de lugar para que novas experiências sejam vivenciadas.
Na sequência, aconteceu a socialização das transposições didáticas referentes às unidades 11 e 12 do TP3 e esclarecimento de dúvidas. Os cursistas não conheciam todos os tipos textuais citados nas unidades. Para identificar aspectos de sequência tipológica foram desenvolvidas atividades, dando ênfase a descrição, narração e dissertação. Através da descrição puderam produzir imagens com textos verbais e não verbais, caracterizando objetos, pessoas. A partir daí desenvolveram a narração e a dissertação (expositiva e argumentativa). Os textos injuntivos e preditivos foram facilmente identificados, após exemplos e explicações técnicas e científicas.
A transposição didática referente aos tipos textuais abordou mais o descritivo e o injuntivo. Muitas descrições objetivas e subjetivas foram escritas, três manuais (da bicicleta, da fofoca e da confecção de flores artesanais) foram produzidos.
Pontos positivos: textos curiosos e agradáveis de ler. Os alunos identificaram com facilidade o uso dos adjetivos. A turma é dinâmica e cooperativa e o material é muito bom.
Pontos negativos: Os cursistas estão sobrecarregados, trabalham com a carga horária cheia e estão preocupados com os momentos de estudos para desenvolver as atividades em sala de aula. Alguns cursistas não compareceram e não justificaram.
A avaliação é positiva, pois afirmam que necessitam dessa troca de experiência para rever sua prática pedagógica com novo olhar. Também enfatizam o fácil entendimento do conteúdo, das atividades e o fato de elas estarem prontas para aplicação em sala de aula. Essas aulas despertam o interesse e entusiasmo dos alunos na realização das atividades.
Oficina 03 : 02/06/2009
Iniciamos o TP4, unidades 13 e 14, com nossos cursistas. Essas unidades procuram discutir as funções da escrita nas práticas cotidianas e o processo da leitura, enfatizando pontos centrais como Alfabetização e Letramento. Com isso, fez-se necessário estudar bastante e nos organizarmos com atividades diversificadas, pois a complexidade do tema abordado nos exigia este tipo de conduta. Para o TP4 o tema é diversidade cultural: cultura, identidade e conflitos.
Texto para análise e debate:
O que é letramento?
Letramento não é um gancho
em que se pendura cada som enunciado,
não é treinamento repetitivo
de uma habilidade,
nem martelo
quebrando blocos de gramática.
Letramento é diversão
é leitura à luz de vela
ou lá fora, à luz do sol.
São notícias sobre o presidente,
o tempo, os artistas da TV
e mesmo Mônica e Cebolinha
nos jornais de domingo.
É uma receita de biscoito,
uma lista de compras, recados colocados na geladeira,
um bilhete de amor,
telegramas de parabéns e cartas
de velhos amigos.
É viajar para países desconhecidos,
sem deixar sua cama,
é rir e chorar
com personagens, heróis e grandes amigos.
É um atlas do mundo,
sinais de trânsito, caças ao tesouro,
manuais, instruções, guias,
e orientações em bulas de remédios,
para que você não fique perdido.
Letramento é, sobretudo,
um mapa do coração do homem,
um mapa de quem você é,
e de tudo que você pode ser.
(Kate M. Chong)
Pontos positivos: A turma é participativa e responsável. O material é rico em informações atuais, atividades e com uma linguagem bem acessível.
Pontos negativos: Os cursistas estão sobrecarregados. Alguns cursistas não compareceram e não justificaram. Pouco tempo para aplicar o Avançando na Prática e conciliar com o conteúdo já programado.
A avaliação da oficina é positiva, porque a troca de experiência é um momento para rever a prática pedagógica, acolher sugestões dos colegas, conhecer experiências que deram certo. Os alunos demonstram interesse e aprendizagem na realização das atividades, embora muitas nomenclaturas da língua não sejam empregadas.
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